As três leis( continuação...)


2ª A lei do entendimento
Segundo Paulo em Romanos 7, quando ele fala sobre a lei do pecado, lá ele retrata uma segunda lei que ele chama de lei de seu entendimento.
A lei do entendimento daquilo que você sabe que você aprendeu que é certo ou errado, segundo a religião e a civilização, isso se chama cosmo visão. Não é essa lei que Paulo aqui fala, pois ele começa a falar isso desde Romanos 1.18-25, quando ele deixa claro que o conhecimento sobre Deus é universal; e em Romanos 2.14-16, quando ele conclui o seu argumento inicial dizendo que todos são culpados de seus pecados diante de Deus, tanto os judeus que receberam a lei escrita, quanto os gentios que receberam a revelação natural de Deus e mesmo assim desprezaram. E lá em Romanos 2, ele fala de uma lei que diferente da cosmo visão e da lei de Moisés, não está sujeita ao tempo, nem a cultura, nem as religiões, lei essa que é a lei da razão e da consciência. Segundo esta lei, o que é certo ou errado realmente, vai ser para todos. Está lei também pode ser chamada de lei do meu entendimento, a qual Paulo se referia, uma vez que se você não entende não tem conhecimento de algo, ou ciência do mesmo, não é culpado segundo esta lei, mas, se você vier a tomar conhecimento, estas obrigado a cumprir o que a razão te orienta e a consciência te testifica a respeito do mesmo. A lei da consciência se aplica as várias classes de verdade existentes, sejam elas universais ou não.
Como tomamos conhecimento desta lei? Ela se desenvolve com a nossa autoconsciência, à medida que tomamos conhecimento do universo e das coisas a nossa volta, a razão (faculdade intuitiva que enxerga e extraí as verdades a respeito dos fatos e das coisas) enxerga o que é bom ou ruim, certo ou errado valoroso ou fútil, ou seja, enxerga ou intui as verdades a respeito das coisas e do universo ao nosso redor. De posse destas verdades temos consciência do que devemos ou não fazer, dentre outras coisas, e de nossa obrigação de escolher o que é certo segundo nos é apresentado pela razão, esta é a lei do entendimento, ou da razão, ou da consciência.
3ª A lei do Espírito de Vida
Assim como a lei da abolição da escravatura trouxe liberdade aos escravos brasileiros, assim Deus decretou uma lei para libertar todo aquele que confessa a Jesus como Salvador e crer n'Ele (João 8.31-36, Romanos 8.2), libertando o do poder do pecado, do domínio que a carne (as concupiscências), exercia sobre ele; para que ele não esteja mais sujeita a ela, e possa estar livre para se sujeitar a Cristo, esta é a lei do Espírito de Vida, "a lei do Espírito de Vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte",(Revista e corrigida 1995), a lei do Espírito é a lei que liberta o homem, é a operação do Espírito Santo, na vontade humana exercitada e inclinada para as concupiscências, exercitando-a, inclinando a, dispondo a para Ele, para que o homem não mais viva dentro de si em conflito, com a lei do entendimento. Uma vez liberto a lei do Espírito vai operar vida espiritual (segundo a Bíblia vida espiritual é sinônimo de comunhão com Deus, Romanos 5.1), e assegurar a vida eterna. Vai operar um novo estilo de vida, caráter; para que tudo gire agora em torno de Cristo Jesus, e não mais em torno da carne.
Por que a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me libertou da lei do pecado e da morte.
Só é preciso uma lei para quebrar uma lei. A escravidão no Brasil, era mantida pela sociedade colonial escravocrata, eles não queriam liberdade para os escravos, e para seus escravos eles os senhores eram a lei. Mas para que esses escravos tivessem liberdade precisou que alguém que tinha maior poder que os senhores de terra e escravos, alguém cujo domínio de seu poder fosse tal que os obrigasse a lhes obedecer e este alguém, de poder executivo, a princesa regente Isabel, assinou uma lei que quebrou o julgo da lei dos senhores escravocratas trazendo com isso liberdade para os escravos(Colossenses 2.14). De igual modo Deus decretou uma lei de libertação, mas, diferente da lei da escravidão brasileira, a lei do pecado e da morte é o resultado de uma entrega constante ao pecado que cria laços de vícios, cuja vontade exercitada, ou consagrada, muito dificilmente quererá sair(Romanos 6.12,13). Na escravidão brasileira não havia voluntariedade, não havia livre arbítrio, não havia vicio e sim imposição. Mas, a lei do Espírito de vida, veio como uma ação poderosa do Espírito Santo sobre a vontade humana, que não só a convence, mas fortalece a vontade num curso contrario ao pecado, vencendo isso inclinações carnais, as velhas correntes de vícios que estavam nos membros a muito consagrados a iniquidade.

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