Serie pecados. 1ºMentira
Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos
homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo
em enxofre, o que é a segunda morte. Apocalipse 21.8
Mentir como verbo é o mesmo que falsificar a verdade e ou
mesmo distorcê-la, mentir como adjetivo(qualidade) é a natureza de algo que é
falso.Portanto não se pode mentir usando algo que seja verdadeiro, pois a
mentira até na sua natureza ela é falsa. Visto por esses dois ângulos podemos
considerar a mentira, no âmbito da crença naquilo que é falso, naquilo que não
é, mas, aparenta ser verdadeiro; e podemos considerar a mentira no âmbito
intenção, ou seja, quando alguém distorce a verdade, ou inventa algo com o
intuito de falsificar a verdade. O mentiroso pratica a omissão, depois a distorção
(ou seja, ele corrompe um fato ou uma realidade tirando-o de seu ideológica, e ou
introduzindo algo que não estava em seu contexto) em seguida a falsificação
(outra palavra para falsificar é adulterar), o mentiroso também busca conquistar.
Já tenho refletido em
outras reflexões que falo sobre crer na verdade ou como chamo fé convicta,
sobre a mentira como adjetivo, geralmente, isso se dá em dois ângulos, de um
lado está o mentiroso e de outro lado está o simples. O mentiroso conta-lhe uma
ficção e elabora com todas as suas artimanhas, e o simples, por ser crédulo
ingênuo e não procurar apurar aquilo que lhe foi dito acredita então no
mentiroso. Provérbios capítulo 1 versículo 32, 33; falam sobre a simplicidade,
para entender melhor leiam todo o capítulo começando em especial pelo versículo
20 ao 33, e no texto que tenho citado, diz o seguinte: “ Porque o desvio dos simples os matará, e a prosperidade dos loucos os
destruirá”.O simples é geralmente o alvo de todo o mentiroso, há então um
grande perigo em ser simples pois a palavra diz em Apocalipse capítulo22 e
versículo 15 que, “ficaram de fora os
cães e os feiticeiros, e os que se prostituem e os homicidas, e os idólatras, e
qualquer que ame e comete a mentira”; e eu pergunto.
Quem ama o que é mentira? Quem em sincera, e lúcida mente ama a mentira? Na
verdade ninguém, mas, todos amam a verdade e aquilo que é a verdade, logo a
mentira, para ser amada tem que fazer justiça a sua natureza, ela tem que
falsificar a verdade, tornando-se uma aparente verdade, e com isso ela poderá
ser amada. Mas, digo não será amada pelo que ela é mentira, mas, pelo que ela
aparenta ou diz ser, verdade. Concluindo esta indagação concluo que o simples,
ou aquele que é enganado pelo mentiroso é esta pessoa, aquele que ama a
mentira. Logo a mentira é uma via de mão dupla tanto o enganado como o
que acredita no enganado se prejudicam.
Mas, é claro a mentira é um pecado contextual, ou seja, que
suas consequências naturais dependem do contexto em que ele está inserido,
quando falo do engano religioso, ou das falsas religiões, é claro que aquele
que acreditar nelas, estará condenado no futuro por Deus, e aquele que o induziu
ao erro também. Embora é bom observar que quando falo de ser condenado por
Deus, não estou falando de consequência natural, a consequência natura do erro
é aquela que ele pela sua própria natureza trará ao infrator. Mas, esta
aplicação não pode ser considerada, quando a mentira não envolve a fé
religiosa, como alguém dizer que é alguém que não é (falsidade ideológica). Neste
caso o enganado terá prejuízos por crer na mentirá? É claro que sim, mas,
diante de Deus ele é inocente, e isso, digo é inocente no tocante a acreditar na falsidade ideológica. Mas, é claro que toda a mentira é muito mais complexa do que se
parece, na maioria das vezes ela exige da pessoa enganada, muito mais do que
simplesmente crer, ela poderá exigir da vítima do engano um comprometimento
maior, e é ai que a pessoa enganada deixa de ser inocente, e passa a ser também
um cúmplice do mentiroso, não na mentira, mas, em outros pecados que por ele
crer na mentira acabara se envolvendo. Sendo um pecado contextual, não que todo
pecado não tenha o seu contexto, mas, avaliando o pecado no ponto de vista de
suas consequências naturais, há pecados que terão consequências de acordo com o
seu contexto.
Agora avaliando os contextos da mentira posso enumerar aqui
dois, duma forma mais abrangente, pois se fossemos detalhar seriam muitos os
tipos de contextos, de forma, que não teríamos como enumerá-los. Porém,
resumindo todos eles duma forma objetiva chegaremos com certeza a apenas estes três,
que sito e comento abaixo:
1º. Contexto do medo. Como instrumento ou escudo do medo,
meio de proteção ou escape de uma pessoa medrosa. Dentro deste contexto a
mentira pode tomar proporções grandiosas, pois uma mentira sempre precisara de
outra para que se sustente.
2º. Contexto da cobiça. Como instrumento ou rede, ou mesmo
anzol da cobiça, meio que o cobiçoso usa para adquirir o que se deseja muito
alcançar. Dentro deste contexto assim como no caso do medo a mentira poderá
atrair outras e se tornar uma grande bola de neve, mas, o cobiçoso diferente do
medroso, não o faz por medo, logo suas mentiras são bem menos ponderadas, a não
ser que ele também minta por medo o que pode e também acontece.
3º. Contexto da ambição. Como instrumento de uma pessoa
ambiciosa, poderá ser cruel, e seu preço muito alto de forma que a cobiça do
ambicioso pode e vai até mesmo superar o seu medo, os seus receios e temores,
no intuito de satisfazer a sua ambição.
*A mentira não tem cara, ela usa a aparência de verdade.
*A mentira é mentira em todos os ângulos, até mesmo em sua aparência
como já falei.
*O mentiroso omite, distorce, falsifica e conquista.
*A mentira não se sustenta ante a luz da verdade, por isso o
mentiroso precisa tecer novas mentiras, para dar subterfúgios a primeira a
original.
Há muitas outras coisas que posso dizer sobre a mentira,
mas, sei que você já sabe, e a medida que formos seguindo nesta série sobre os
pecados, então voltaremos a trazer luz sobre a mentira, posso concluir com uma
ultima afirmação.
*O próprio pecado ou todo o pecado é em sua natureza uma
mentira, assim como é uma vaidade (ilusão), assim como sua origem vem do egoísmo
humano.
Sendo assim seguirei
falando respectivamente nas próximas
postagens da série sobre, vaidade e egoísmo.
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