Os atributos essenciais da lei moral. Por Charles G.Finney (Explicada por Felipe F. Lopes) Parte 2

6. Imparcialidade. A lei moral não distingue pessoas — não privilegia classes.Ela exige o mesmo de todos, sem nenhuma ressalva, exceto o fato de serem agentes morais. Com isso não se quer dizer que o mesmo curso de ação externo seja exigido de todos( como já falei que as nossas circunstancias e condições é que estabelece as nossas limitações, no tocante a forma como expressamos ou agimos, mas, não limita a nossa alma, você deve amar e buscar a Deus com todas as suas forças, ou seja nada além de suas forças e capacidades); mas o mesmo estado de alma em todos — que todos tenham uma intenção maior — que todos devotem-se a um fim — que todos conformem-se inteiramente, de coração e vida, à sua natureza e relações.Na verdade o fim é um só, mas, suas expressões ou aquilo que em cada pessoa devido o seu conhecimento (limitação de conhecimento) ou devido as suas condições físicas e ou mentais (limitações do corpo ou da mente) vareia. A intenção deve ser a mesma  que a promoção do bem universal( verdade essa expressa nos mandamentos que dizem, “amai ao seu próximo como a si mesmo”,  “o que quereis que os homens vos façam façais vós também”, amais vos uns aos outros conforme eu vos amei”)e de Deus.
7. Praticabilidade. A exigência do preceito deve ser possível para o indivíduo. Aquilo
que exige uma impossibilidade natural não é nem pode ser uma lei moral. A verdadeira
definição de lei exclui a suposição de que possa, sob alguma circunstância, exigir uma
impossibilidade absoluta. Tal exigência não estaria de acordo com a natureza e as relações dos agentes morais e, portanto, a praticabilidade deve sempre ser um atributo da lei moral. Falar da incapacidade de obedecer à lei moral é falar um absurdo.Deus não exige nada que o homem não possa fazer, o apóstolo João disse em I João capítulo 5 versículo 3; “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados”. Quando os apóstolos falaram que a lei era pesada, eles não falavam da lei de Deus, mas, sim falavam da lei de Moisés bem como da tradição dos anciões e de todas as outras regrinhas que os judeus haviam incorporado a lei para seguirem(Atos 15.10), aqui não se refere a lei moral, mas, a leis baseadas na lei moral e inspirada em tradições muita das vezes até contrarias as leis morais e que eram impostas as pessoas, bem como hoje ainda se vê em muitas religiões e ou nações, sejam elas cristãs ou não.
8. Independência. É uma idéia eterna e necessária da razão divina. É a regra eterna,
autônoma da conduta divina, a lei que a inteligência de Deus prescreve para si mesmo. A lei moral, como veremos melhor daqui em diante, não se origina, e não pode originar-se, na vontade de Deus. Ela existe eternamente na razão divina. E a idéia daquele estado de vontade que permanece obrigatoriamente em Deus, sob condição de seus atributos naturais ou, em outras palavras, sob condição de sua natureza. Como lei, é inteiramente independente da vontade de Deus, exatamente como a própria existência dele. Ela é obrigatória também a todos os agentes morais, inteiramente independente da vontade de Deus. Dadas suas natureza e relações e sendo desenvolvida sua inteligência, a lei moral deve ser obrigatória a eles e não cabe a nenhum ser optar por outro caminho. Dadas suas natureza e relações, seguir um curso de conduta adequado à sua natureza e relações é necessário e manifestamente obrigatório, à parte da vontade de qualquer ser.Aqui está uma explicação muito ousada de Finney, pois sendo a lei moral uma lei percebida pela razão, como princípios que rege a vida e convivência dos seres morais, deduzimos que Deus em sua infinita sabedoria, os enchergou pela sua razão, e trilhou por eles por saber que são os melhores, Deus não os inventou ou os criou Ele apenas os revelou e os prescreveu para os seres morais.Logo mesmo se Deus não os exigisse, por sermos seres pensantes, a nossa razão e consciência a nós mesmos nos imporia esta obrigação. São verdades tão nescessárias, que se Deus não as exigisse, a sua própria bondade, amor e justiça estaria posta em cheque, ou seja em duvida.
9. Imutabilidade. A lei moral jamais pode mudar ou ser mudada. Ela sempre exige de
todo agente moral(ou ser pensante, ou falando aqui na terra se refere aos seres humanos em seu estado de saúde mental, mesmo um psicótico pode em sua pouca lucides, observar a vontade de Deus e ou a lei moral) um estado de alma e, claro, de conduta, precisamente adequado à sua natureza, e relações. Qualquer que seja sua natureza, quaisquer que sejam sua capacidade e relações, requer-se dele, a todo momento, nada mais nada menos que inteira conformidade com essa natureza, essa capacidade e relações, desde que seja capaz de compreendê-las. Ou seja não se pode exigir o que está além de suas forças. Vejo isso no mandamento “vigia e orai para que não entreis em tentação”, vigiar é fazer aquilo que está ao seu alcance para não cair em tentação, e orar é para que Deus possa nos livrar do que está além de nossa capacidades.
Aumentando-se a capacidade, o indivíduo não é com isso considerado capaz de obras de super-rogação — fazer mais do que exige a lei; pois a lei ainda requer, como sempre, a plena consagração de todo seu ser aos interesses públicos. Se por algum meio, qualquer que seja, sua capacidade é reduzida, a lei moral, sempre e necessariamente coerente consigo mesma, ainda requer o que resta — nada mais nem menos deve ser consagrado aos mesmos fins que antes. Qualquer coisa que exija conformidade mais ou menos completa, universal e constante do coração e da vida à natureza, capacidade e relações de agentes morais, seja qual for, não é e não pode ser lei moral. Se, portanto, a capacidade é diminuída de algum modo, o indivíduo não se torna com isso incapaz de prestar plena obediência; pois a lei ainda exige e insta que o coração e a vida estejam plenamente conformados com a natureza, capacidade e relações existentes e presentes. Qualquer coisa que requeira mais ou menos que isso não pode ser lei
moral. A lei moral invariavelmente fala uma língua. Ela jamais muda suas exigências.
"Amarás" (Dt 6.5) ou serás perfeitamente benevolente é sua demanda uniforme e única. Essa demanda jamais varia e jamais pode variar. Ela é tão imutável quanto Deus, e pela mesma razão. Falar de abrandamento ou alteração da lei moral é falar absurdo. Isso é naturalmente impossível. Nenhum ser possui o direito ou o poder de fazê-lo. A suposição desconsidera a própria natureza da lei moral. A lei moral não é um estatuto, um decreto, que tenha sua origem ou fundamento na vontade de algum ser. É a lei da natureza, a lei que a natureza ou constituição de todo agente moral impõe a si próprio e que Deus nos impõe porque é inteiramente adequada a nossa natureza e relações, sendo, portanto, naturalmente obrigatória para nós. É demanda inalterável da razão que todo o ser, o que quer que exista dele em qualquer tempo, deve ser inteiramente dedicado ao máximo bem do ser universal, e por esse motivo Deus exige isso de nós, com todo o peso de sua autoridade.O limite da lei moral aqui é o seu limite, ou seja, você deve amar de todas as suas forças, se sua capacidade reduziu, mas, você ainda a tem por isso é ela o seu limite, você ainda pode cumprir a lei moral na sua integra, contudo você externamente vai expressa-la dentro do seu limite isso são apenas atos exteriores, mas, não do coração, não da alma.
10. Unidade. A lei moral propõe um único fim maior a ser buscado para Deus e para
todos os agentes morais. Todas as suas exigências, em seu espírito, resumem-se e
expressam-se em uma palavra: amor(ou caridade) ou benevolência( por benevolência se entende ao amor que leva a atitudes ao amor prático, e isso de uma forma não egoísta). Anuncio aqui só isso. Aparecerá de maneira mais completa daqui em diante. A lei moral é uma idéia pura e simples da razão. É a idéia da consagração perfeita, universal e constante de todo o ser para o máximo bem do ser. Só isso é, e nada mais nem menos pode ser, lei moral; pois só isso, e nada mais nem menos, é um estado do coração e um curso de vida exatamente adequado à natureza e relações de agentes morais, a única definição verdadeira de lei moral.Aqui não estamos falando em hedonismo, mas, no real bem que preserva e estabelece a integridade, não a um bem que se estebelece na satisfação egoísta, por que este é sempre em relação ao próximo e não a si mesmo. Apenas Deus pode desejar o seu próprio bem se consagrando na promoção dele sem ser egoísta, pois o bem de Deus é por conseqüência  o bem do universo também.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O cetro da impiedade

Série pecados 9: Palavra torpe

O que impede um desviado de voltar a Jesus?