A Graça de ser humano
A gente faz muitas perguntas sobre a
conduta de Deus, em relação ao mal ou mesmo em relação a nós.
Porque Deus permite o mal? Ou porque fez o homem, mesmo sabendo de
sua queda?Digo, que se nós que questionamos fossemos Deus, faríamos
a mesma coisa. Sabe se você cria um ser cibernético, e programa ele
para fazer várias coisas, na nossa limitação ainda não chegamos a
poder fazer máquinas, que como nós sejam 100% conscientes; apenas
criamos papagaios, programas simples. Com o tempo estes programas
ficam sem graça, aquele efeito que os fazia parecerem tão
inteligentes, já perdeu a sua fascinação sobre nós, procuramos
então implementar atualizações. Quando Deus fez o homem Ele tinha
a opção de fazer um ser programado, para depois ir atualizando,
homem 1.0, homem 1.5, homem versão XP e por ai. Ele te deu o
presente de ser um ser auto-programável, autoconsciente, toda vez
que questionamos a Deus, olhamos só pelo nosso ponto de vista.
Ele pôde
escolher, entre um ser programável e um ser auto-programável. Mas,
qual seria o impacto desta escolha, e que glória teria ele ou que
gozo ou alegria poderia vir de uma obra que não respondesse a sua
altura? Ele também pôde escolher não fazer o homem, mas, se Ele
escolhesse não fazer o homem, tendo em vista os milhões de homens
rebeldes que teria que condenar ao fazê-lo, seria por acaso esta
escolha menos danosa, do que a de fazê-lo?Deus sabendo que o mal,
isto é o pecado, já estava no universo por causa de Satanás,
deveria então parar a sua obra criadora por causa do risco que ela
tinha da contaminação com o pecado?
Deus sabia tanto da queda dos
anjos quanto da queda do homem, por acaso deveria Ele parar a sua
obrar criadora, ou criar seres robóticos, que diriam glória sem
saber ou refletir sobre o que significa isso?Deus não tem complexo
de ego, pois se tivesse simples seres robóticos, papagaios dizendo
glória, seria suficiente para acalentar o seu ego.
O significado e o
valor de algo ou de alguém, vem a nós, devido a consciência que
temos, de sua importância e de sua necessidade, e da representação
disto para nós e para o universo. Se não soubéssemos reconhecer o
valor e descobrir o significado, se não tivéssemos autoconsciência
disto, que sentido teria para Deus ou que valor teria para Deus o
nosso glória a nossa adoração?Deus sabendo o valor e o significado
das coisas, quis dar as sua criaturas mais excelentes o presente de
saber isso também, pois quando ele ouvisse a gratidão de um homem
com lágrimas em seus olhos, saberia que não são palavras e nem
gestos vazios, mas, que em tudo aquilo haveria valor.
Não seria, pois o nosso livre arbítrio
um fruto pré-concebido da graça de Deus para conosco? Se a graça é
um favor imerecido, e Deus em sua pré-ciência já sabia que
haveríamos de pecar, e mesmo assim concedeu-nos o livre-arbítrio,
não seria este feito para conosco uma revelação maravilhosa de sua
graça? Vejo que mesmo antes da era da graça, e mesmo da era da lei,
Deus já usava da graça. Deveríamos ser gratos pelo dom da vida, e
por chegarmos a existir, e ainda mais por termos consciência disto,
mesmo sem ter pecado, o homem já não era digno de toda a glória e
honra, que Deus o confiou ao lhe fazer ser a sua imagem e semelhança. A palavra de Deus diz a respeito de Jesus(Hebreus 2.5 a
11), mas, fazendo referencia também ao homem, quando o diz, que
“pouco menor do que os anjos o fizeste e de glória e de honra o
coroaste”(Salmo 8.3 a 5). Deixo estes questionamentos e esta
citação para a vossa medição.
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