Judas e a escolha


É difícil falar sobre predestinação, tendo em vista o livre arbítrio. Há teologias que tentam conciliar, ambas as doutrinas, dizendo serem elas um tipo de antinomia bíblica(Uma antinomia ou paradoxo, é a afirmação de duas proposições( teses, leis, etc...) contrarias, que são antônimas, ou seja são doutrinas opostas, mas, que mesmo assim a Bíblia as ensina. Mas, quando abordo o tema olho para a base bíblica que me diz: “ Eleitos segundo a presciência de Deus Pai...”(1 Pedro 1.2),que aborda o tema da eleição, que é uma forma de predestinação na qual Deus para fazê-la leva em consideração as escolhas que as pessoas irão fazer, ao serem expostas a graça e lhes ser revelado o evangelho e diante da ação do Espírito Santo em suas vidas.Mas, gostaria de fazer uma observação, que embora Deus considere nossas escolhas assim como falei acima, o fato de Deus eleger o homem antes que ele faça alguma coisa, deixa-nos claro que não são nossas obras, ou posturas, mas, a sua vontade, pois Deus não esta a esperar que alguém faça alguma coisa, para que o mérito não seja da pessoa, e ela venha se vangloriar diante de Deus(Romanos 9.11).Mas, estou dizendo que Deus considera as nossas escolhas diante da exposição da graça, Ele não considera a nossa índole, nem nosso caminho antes, nem nosso histórico, e outra esta é apenas uma consideração, mas, a escolha real vem apenas de sua vontade soberana.
Agora continuando o que falava sobre a presciência de Deus, digo que segundo esta presciência, que Deus tem de nossas escolhas, segundo este conhecimento por antecipação que Deus tem, é que ele os predestina  para a salvação ou seja os elege. Não que o seu evangelho esteja apenas para estes, antes devido a sua justiça, o seu evangelho está diante de todos e é revelado a todos, mas, somente experimentam a totalidade do evangelho, aqueles que são fiéis até a morte, sobre isto a Bíblia diz; “dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10).
Logo a predestinação não esta em que Deus escolha aleatoriamente, ou como se diz use o dune-dune-dê, ou use algum critério particular, não que Ele não possa, mas, estou dizendo que Ele não faz; a predestinação é segundo a presciência de Deus.
Com isso vemos um caso claro dessa liberdade, e predestinação; na vida e nas escolhas de Judas Escariotes. A mesma revelação, a mesma graça e manifestação do evangelho de Jesus, que os outros discípulos receberam, ele também recebeu. Mas por sua escolha, não por uma imposição fantochica da parte de Deus (ele não era um fantoche do destino), embora as profecias dissessem a seu respeito, mas, as profecias não são uma determinação, ou decreto divino, e sim uma revelação, ou seja, é Deus descrevendo aos ouvidos do profeta aquilo que vai acontecer. Logo se a escolha de Judas fosse outra, e não a de trair Jesus, esta não seria a profecia que estaria escrita, e sim outra. E com respeito a morte de Judas, o que estava escrito a respeito de sua traição já estava escrito,mas, ele assim com Pedro, poderia ter alcançado o perdão de Jesus, se com sinceridade o procurasse; não precisaria terminar assim. Mas o caso, é que no tocante ao que ele fez alcançar o perdão de Jesus seria mais fácil, do que alcançar o perdão dele mesmo. Necessário era que Jesus morresse, se ele não fosse por um apostolo, seria por outro discípulo, ou mesmo simpatizante, ou por um irmão, pois era mister (necessário) que isso acontecesse. O destino de Judas foi escrito por ele mesmo, Deus apenas viu isso em sua presciência e revelou ao Salmista no Salmo 41.9, o triste fato, as tristes escolhas de Judas.
Você não está preso a um destino, por determinação divina, seu nome só será escrito no “Livro da vida”, a hora que você escolher aceitá-lo e viver o evangelho, e estará perpetuamente ali, se fores fiel em sua escolha até a morte.

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